30 de jul. de 2009

A dívida que os homens pagam.

Todo mundo nasce com um pé na cova, como dizem “para morrer basta estar vivo”, mas por que insistimos em apressar a morte? Ao longo dessa jornada vi muita gente se depreciar, ou quase morrer. Conheci pessoas doentes, físico e psicologicamente, mas a questão é que todos tendiam para esse fim (…). Numa conversa de bar, alguns amigos na mesa, conversando. Papo sadio, “tudo na moral” e uma pergunta infeliz, é claro, “por que fumas afinal?”, pergunto eu, “por que bebes afinal?” pergunta ele. Pra essa pergunta já ouvimos várias respostas, “gosto muito”, “me dá prazer”, “é vício”, “levanta minha autoestima”, e assim por diante. Sim, todas elas muito práticas e muito verdadeiras. Tenho constatado que qualquer vício possa nos levar a cova, pode não estar associado ao tema principal, embora venha ao caso que o vício e a vontade de morrer também andam juntinhos, par e passo. Vejamos: o indivíduo que fuma, tem consciência do que é veiculado eternamente pelas mídias e experiências do submundo sobre o que o cigarro acarreta. Vários tipos de câncer, dependências psíquicas e vários outros tipos de afecções. Mas existem os que fumam consideravelmente sem demonstrar receio e os que, já informados, se matriculam nessa escola com direito até a diploma. É estranho sim, mas os diversos tratados de sociologia explicam esse autocrime como forma de manifestação social do ego. Nem preciso revelar que qualquer droga é um remédio, só depende da dosagem. Muita dose de álcool te leva ao coma, muita dose de heroína te derruba ao coma, muita dose de amor não correspondido te leva a “depré”, etc. Estamos muito preocupados em nos acabar. A vida deve ser muito depressiva mesmo. Exemplo: quando nascemos, p’ra acordar e ficar esperto, levamos um tapa na bunda como boas vindas ao mundo, isso não é nada, tanto que ninguém lembra do primeiro tapa. Mas a vida prossegue cumulativa em seus absurdos. Depois dos seis anos todo mundo é meio que obrigado a seguir carreira na escola, são 12 anos de pura chatice, o mal necessário, “acho que a história ainda é sobre isso”, aquela dose de escola serve pra quem é pobre, fora as exceções, mais 4 a 6 anos para quem pretende mais, oh! Que busca insana pelo prazer de conseguir “se dar” bem na vida, ganhar muita grana, depois gastar em putaria, drogas e rockin´roll, “funk também serve”. Pior quando nada desse esforço dá resultado, aí “você pira o cabeção e se fode por inteiro”. “perdoem o disparate, dá mais ênfase ao texto”. Trata-se de uma corrida ao nada... (continua quando o narrador acordar)