24 de jul. de 2011

Páginas em Branco

Páginas da minha vida. Uma a uma sendo folheadas. O que procuro, não sei ao certo. Mas as folheio. E entre frases discorridas, nada encontro. Nesse ato, começo a reviver cada oração lida, e estranho um meu ser aí tão bem exposto. Não! "Seria eu espelhado nesse mural tão contrário a mim?" Duvido… e continuo. Releio nessas páginas a conquista de sentidos extraordinários: prazer e felicidade frequentes; um mundo prezado; o mundo por que busco alcançar. E estranho nessas páginas esse mundo esquecido que eu já vivera. Outra vez, os traçados escritos correndo, folha a folha, e o meu sorriso desenvolvido. Mas… na página seguinte... Branco; outra... branco. Estranho. Ouras mil em branco e... só aí me reconheço... nas páginas em branco.

Sérgio Ventura