Todos, na vida, temos medo de algo ou alguém. Na infância, do bicho papão, do homem do saco e/ou do lixeiro, e por aí vai… São os medos que os pais criam para nos forçar a fazer as coisas que eles querem. Depois da infância, passamos a ter medo de não sermos escolhidos para jogar naquele time de futebol, basquete, dança, etc. Temos medo de sermos o último a beijar dentre a “galera”, e, também, do valetão da escola ou da rua, entre outros tantos. Pois bem! Quando chegamos à adolescência, o que deveria ser o fim dos medos, só se prolonga, e, continua, entrentanto, a saga dos medos: não tirar boas notas na escola, na faculdade, não saber conquistar aquele gato(a) especial; meninas que querem transar, mas evitam, com receio de engravidar, os meninos amedrontados em não se sairem bem na primeira vez… e lá se vão seguindo os medos! Então, finalmente, quando chegamos à fase adulta, e quando não deveriámos temer mais nada, outros piores medos surgem: não conseguir uma boa profissão, não ter um ótimo emprego, ou perder o emprego medíocre que já temos, - digam-me quando termina isso -, ah! E ainda tem, para as mulheres, o medo de ficarem “encalhadas”, de não terem filhos e formarem uma família. Tendo em vista que a sociedade obriga-nos a ter essas coisas, e se, por algum infortúnio, causa natural ou sina familiar, não a temos, todos começam a olhar-nos com certo estranhamento, como, por exemplo, hoje, dia em que, deveras, fiquei “superhipermega” constrangida quando fazia as minhas aulas de moto e fui descoberta. Ouvi algo que me desconsertou bastante: um certo instrutor dizer: "nossa!!! com essa idade!? sem filhos, sem marido? E “blablabla...”. "Fiquei com medo… aterrorizada! E tive certeza que o medo faz parte da nossa vida inteira... mas fiquei me perguntando: “por que tenho que ser igual aos outros? Por MEDO?!!!
Sueli Gomes