26 de fev. de 2011

HOMENS.

Homens da CavernaHOMENS. Que espécie humana! Eles acreditam que são seres inteligentes e dizem por aí que são, também, a parte mais forte desta espécie. Falam “grosso” e dizem que nada temem. Maltratam suas companheiras a quem juram amor, mas que, segundo seus pontos de vistas, por serem os guerreiros, elas deveriam ser sempre submissas a eles. Acedito que esses pontos de vista andam muito distorcidos. Quem foi que teve a idéia de que as mulheres são fragéis?!!! Voltando ao assunto inicial, o homem que nada teme chora igual a um bebé, mas tem a audácia de admitir que JAMAIS foi derrotado pelo sexo frágil. Homens, por que é difícil admitir que, uma vez na vida, aquele fora de uma mulher lhes deu um nó na garganta? Um certo cisco que cai em seus olhos e então uma lágrima surge no canto do olho, mas vocês se recompõem e falam para os amigos que estavam cansados da mulher, e que foi melhor assim: terem terminado. Mas ao se depararem com eles mesmos e suas consciências, eles entendem que a mulher faz falta, e agarram seus travesseiros de estimação. Chega o ponto em que eles se vêem obrigados a admitir que foram vencidos, mas a vida, como sempe, é uma caixinha de surpresa e dá-lhes uma nova oportunidade para usarem-na com muita cautela e sabedoria, mas eles, uma vez mais, disperdiçam. HOMENS!

Sueli Gomes.

17 de fev. de 2011

Resenha: Celso Cunha (Advérbio)

CUNHA, Celso. CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. In: __________. Advérbio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
Resenhado por: Sérgio Ventura, aluno do curso de Linguística e Língua Portuguesa, na Universidade Estácio de Sá.
Advérbios
O advérbio é fundamentalmente um modificador do verbo. Mas pode reforçar o sentido de um adjetivo, advérbio ou mesmo uma oração. Na classificação dos advérbios, a NGB distingue as seguintes espécies: advérbios de afirmação, dúvida, intensidade, lugar, modo, negação, tempo; e a NGP (Nomenclatura Geral Portuguesa), acrescenta os advérbios de ordem, exclusão e designação. Há também os advérbios interrogativos de causa, lugar, modo, e tempo. Os advérbios formam locução adverbial quando uma preposição se associa a um substantivo, adjetivo ou um advérbio. Não se descarta associações mais complexas de locuções adverbiais. Essas locuções podem ser de afirmação, dúvida, intensidade, lugar, modo, negação, tempo. Os advérbios são passíveis de gradação, principalmente os de modo, em grau comparativo e superlativo. Algumas palavras com valor semântico de advérbio são enquadradas nos seguintes termos: inclusão, exclusão, designação, realce, retificação, situação, palavras as quais a NGB classifica como denotativas por que não modificam o verbo, adjetivo ou mesmo advérbio.

Resenha: Rocha Lima (Advérbios)

LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1992. p. 174-177.

Resenhado por: Sérgio Ventura, aluno do curso de Linguística e Língua Portuguesa, na Universidade Estácio de Sá.

Rocha lima conceitua que o advérbio serve para expressar as várias circunstâncias que cercam o significado do verbo. Mas preceitua que o mesmo pode ocorrer com os adjetivos e os próprios advérbios. Desses advérbios lista suas espécies: advérbios de dúvida, intensidade, lugar, modo e tempo. Os advérbios também se juntam para formar a locução adverbial. Em sua classificação, separa os advérbios em relativos e interrogativos. O primeiro ocorre em orações adjetivas e são estes advérbios, onde, quando e como. O segundo ocorre nas perguntas diretas e indiretas, palavras como onde, quando, como, porque, que denotam respectivamente, lugar, tempo, modo, causa. Rocha Lima considera que palavras e locuções que indiquem afirmação, negação, exclusão, inclusão, avaliação, retificação, designação, não se podem considerar advérbios por não exprimirem nenhuma circunstância. Os advérbios também variam em grau, empregando-se no comparativo e no superlativo.

Resenha: Gramática

NEVES, Maria H. M. Gramática de usos do português. In: ___________. Advérbios. São Paulo: Editora UNESP, 2000. PP. 321-282

Resenhado por: Sérgio Ventura, aluno do curso de Linguística e Língua Portuguesa, na Universidade Estácio de Sá.

O advérbio do ponto de vista morfológico é uma palavra invariável. Mas existe suas exceções, a modo da gramática tradicional, os chamados quantificadores (que variam em grau). O advérbio do ponto de vista sintático funciona como satélite de um núcleo verbal, adjetival ou adverbial. Maria Helena estende essa função aos numerais, substantivos, pronomes e conjunções. O advérbio também é periférico no enunciado e no discurso, incidindo sobre uma oração, proposição ou enunciado. Os advérbios semanticamente subclassificam-se em modificadores e não modificadores, estes podem ser os advérbios de modo, intensidade, modalizadores, delimitadores, deônticos e afetivos. Já os não-modificadores, podem ser os advérbios de afirmação, negação, circunstanciais de tempo e lugar, inclusão, exclusão, verificação e juntivos de valor anafóricos de contraste ou conclusão. Maria Helena dá ênfase especial aos advérbios de modo e aos modalizadores, nas suas classificações sintático-semânticas. Os advérbios de modo podem ser anafóricos, catafóricos ou interrogativos. Os modalizadores há entre os principais, os epistêmicos e os delimitadores. Esses distribuem-se entre os sintagmas adjetivo, verbal, nominal, pronominal e adverbial; com advérbio posposto, anteposto ou intercalado; em início de enunciado ou final de enunciado. Sobre os advérbios circunstanciais, além dos já conhecidos da gramática tradicional, Maria Helena, fala sobre os traços semânticos dos advérbios de lugar e tempo, subclassificando-os em situação, percurso, origem e direção, para o primeiro, e em tempo, aspecto, situação, duração e freqüência, para o segundo. Os advérbios também funcionam como coordenativos, ou seja, têm função juntiva e atuam no plano semântico discursivo.

Os aspectos do advérbio elaborados pela autora diferem muito dos abordados pelas gramáticas normativas consultadas, de Bechara, Celso Cunha e Rocha Lima, que trazem um conjunto limitado de explicações para esse assunto. Vê-se claramente que a intenção dos normativistas é preservar as definições da sintaxe e morfologia, não entrando nesse conjunto, diferentemente da gramática de Maria Helena, as definições e análises com base na semântica discursiva, morfossintaxe e gramática gerativa. Devido ao grande número de tópicos e exemplos auferidos pela autora não foi possível ilustrá-los para melhor compreensão dos tópicos relacionados, mas sugere-se uma leitura atenta desses que viabilizarão um melhor entendimento gramatical e eficazes aplicações em sala de aula.