13 de jul. de 2011

Não seria

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6 de jul. de 2011

História do Sujeito Leitor - Resenha Crítica

Tendo como base o texto de Orlandi, em “A história do sujeito leitor: uma questão para a leitura”, viemos aduzir algumas reflexões quanto às questões propostas pelo texto.
A leitura é um ato de decodificar, interpretar, entender, dar sentido, tanto ao texto quanto ao mundo que nos rodeia. Ler, para alguns, significa soletrar, “agrupar as letras em sílabas”, colher, buscar sentidos no interior do texto ou mesmo roubar, já que o leitor tem a possibilidade de retirar do texto sentidos que estavam ocultos. O leitor cria até significados que, em princípio, não tinha autorização para construir. A questão que Orlandi propõe é justamente quanto à construção do significado. Quem o constrói e como é constituído. Sua assertiva é que toda leitura é produzida, e seu modo de produção efetivo depende tanto da história do leitor quanto da história da própria leitura. A tese principal, já que a leitura é intimamente ligada ao discurso de uma sociedade, implica à autoridade do estado sobre as formas de conhecimento dos textos escritos. O estado, ora denominado, é a instituição ou escola que leva ao aluno as novas formas do conhecimento escrito do texto literário. Orlandi questiona a qualidade e infalibilidade que a instituição presta ao aluno sobre a leitura. Para tal, cita as formas de reducionismos lingüísticos, pedagógicos e sociais, que excluem os conhecimentos prévios que o aluno traz, entre outras formas de linguagem, e de seu ambiente natural. E o que Fávero replica: “a compreensão de um texto é um processo que se realiza pela ativação do conhecimento prévio, isto é, a memória, onde estão guardados nossos conhecimentos”, responsáveis pela maneira como identificamos e/ ou interpretamos o texto. O aluno quando chega à escola traz consigo suas experiências sobre a linguagem, a fala, a forma como interpreta e produz a realidade. Dado esse fato, a escola ignora o conhecimento prévio do aluno e o molda conforme suas políticas pedagógicas.
Tratando da história de leitura do leitor e seu conhecimento prévio de mundo, Fávero informa: “como as pessoas sabem o que acontece no texto é um caso particular da questão de como as pessoas sabem o que acontece no mundo”. Essa sentença reflete também a história da leitura do texto, porque, segundo a teoria da enunciação, a intenção do falante (escritor) antecipa a interpretação do destinatário (leitor) que, ao mesmo tempo, reconstrói a intenção e/ ou informação pragmática do falante (escritor). A relação de interpretação do sujeito-leitor com o texto depende dos significados construídos pela história. Sua produção é sócio-histórica e contextual. Por esse motivo, a instituição tem o objetivo de resgatar esses sentidos, a maioria apagados pelo tempo, e reportá-los aos alunos para que uma interpretação mais verossímil se faça. O problema está na perspectiva diacrônica desses sentidos. O tempo distancia-os de seus referentes no texto. Por exemplo, “quando os exércitos dos(as) cruzados(as) pilhavam as terras muçulmanas, declaravam seus submetidos como impuros. Como contrapartida, certo povo formou um pequeno e mortífero exército para se defender. Esses exércitos ganharam fama na região e ficaram conhecidos como protetores – eram hábeis carrascos e trucidavam o inimigo onde quer que o encontrassem. Eram afamados não só por seus extermínios brutais, como por celebrá-los, entregando-se ao entorpecimento causado pelo uso de drogas. Uma das drogas mais utilizadas era o hashish, ou haxixe [em português]. À medida que sua notoriedade se espalhava, esses homens letais começaram a ser conhecidos por uma única denominação. Hassassin – literalmente, “os adeptos do haxixe”. O nome hassassin tornou-se sinônimo de morte em quase todas as línguas. A palavra ainda é usada hoje. Mas assim como a arte de matar, a palavra também evoluiu. Hoje se pronuncia assassino”. Esse notório distanciamento do signo linguístico é o principal obstáculo para a construção do que Orlandi chama de leituras parafrásticas ou polissêmicas. Dada a composição e globalização dos sentidos, os alunos vêem-se mais propensos a realizar leituras parafrásticas, ou seja, leituras cuja interpretação produz o mesmo sentido sob várias formas, ao contrário da leitura polissêmica que produz sentidos diferentes, e é, sem contradições, a adaptação de uma realidade, causa dos distanciamentos supracitados. Então, como definir um texto como legível se o seu referente idôneo não é conhecido pelo aluno. Orlandi faz e reponde à pergunta, afirmando que “é a natureza da relação [sócio-histórico-ideológica] que alguém estabelece com o texto que está na base da caracterização da legibilidade”. (ORLANDI, 2006:8). A sociedade, a história, o discurso ou ideologia determinam a leitura do leitor, ou seja, a consciência não só nada pode explicar, mas ao contrário, deve ela própria ser explicada a partir do meio ideológico e social. (Bakhtin, 1995:35). Parte daí a explicação de Orlandi sobre o assujeitamento do leitor, dado que esse é determinado pela instituição, “o controle do sujeito pelo estado diminui a liberdade de modificar o que o texto diz”. O sujeito-leitor é um indivíduo circundado por um determinado grupo social que tem suas histórias, sua língua, sua cultura. Todo o seu comportamento, sua fala, seus valores, seus direitos e deveres, mesmo o seu pensamento e o seu lugar na sociedade são determinados pelas ideologias que comportam o grupo social. Fato que acaba originando a ilusão discursiva do sujeito. O sujeito-leitor vai “reproduzir discursos que a princípio parecem individuais, mas que são na verdade, são preexistentes à sua existência”. Pois, o ser humano já nasce inserido num conjunto social que reproduzirá e determinará nele, os discursos e as ideologias do seu ambiente.
Toda leitura depende dos seus elementos intertextuais. Quando se relaciona a compreensão da leitura à história da leitura do texto, interfere-se não só na produção do mesmo, mas na história de seu produtor, o escritor, suas fontes, e sua determinação sócio-histórica. O texto acaba sobrecarregando a visão de mundo num mesmo indivíduo. O todo existe nas suas partes, mas uma parte só é compreensível no todo. (Cassirer, Ernest apud Bakhtin, 1995:33). É difícil para o leitor reunir o todo, pois toda informação velha aparece-nos nova, com nova roupagem, nova visão, novos sentidos. Não é possível resgatar, para o sujeito-leitor, essas informações velhas, pois o ato de interpretar e dar sentido ao texto está intimamente ligado aos sentidos que o contexto social o propõem. Dessa forma, a realidade do sujeito-leitor funciona como uma chave que abre porta a porta as impressões e representações das leituras, dos textos. O pensamento não é senão esse poder de construir representações das coisas e de operar sobre essas representações. (BENVENISTE, 1976:29).
Como trabalhar com a questão da leitura parafrástica e a leitura polissêmica dentro da escola e como agir na escola em relação à formação do sujeito-leitor? São questões finais que Orlandi propõe e que poderiam ter a seguinte resposta: a leitura parafrástica é prática comum entre os alunos porque estão envolvidos numa sociedade de múltiplas linguagens, o processamento das informações, os novos meios de distribuição da informação à massa, a mídia eletrônica, o rádio, o jornal, a internet, a televisão, produzem sentidos que homogeneízam a representação do mundo, tornando-o vazio, desgastando o signo linguístico. Os referentes do texto se tornam tão ligados à atualidade social e à criatividade que a função de conotar, comutar e recriar as informações, atribuir sentidos inexistentes, num primeiro plano, ao texto, se torna escassa. O sujeito-leitor, que deveria ser agente e intérprete de sua leitura, atinge o grau-dez na reprodução da mensagem ou leitura parafrástica e o grau-zero na criação de sentidos, de inovação e adaptação da realidade, estando para sempre preso às ideologias, aos discursos e às realidades que a instituição o impõe.
Sérgio Ventura.
Indicação Bibliográfica:
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 7. Ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
BENVENISTE, Emile. Problemas de Linguística Geral I. Campinas: Pontes, 1995.
FÁVERO, L. L. Coesão e Coerências Textuais. 9. Ed. São Paulo: Ática, 2002.
Hassassin. Disponível em: <http://ocatatonico.blogspot.com/2008/05/hassassin.html>. Acesso em: 08 maio 2009.
NEVES, Maria H. de Moura. Gramática Funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e Leitura. 7. Ed. São Paulo: Cortês, 2006.

2 de jul. de 2011

Aluno e Avaliação.

O segredo do sucesso para um aluno é autoavaliar-se constantemente. Há alunos que, no momento em que estão sendo avaliados em sala de aula, em virtude de uma prova, consultam-se uns aos outros sempre; não adiantando ao professor pedir-lhes que respeitem a individualidade das avaliações; É-lhes tão somente pedido que reflitam sobre quem está avaliando quem. Quando não, demonstram o medo de uma nota negativa que os faz corromper seus próprios espíritos. Eles negam suas próprias capacidades ao consultarem um material de suporte contrário às regras da avaliação proposta. Estão cegos, e não importa o quanto se lhes chama à atenção, só vêem a necessidade do saldo positivo de uma nota auferida a baixo custo: a trapaça. Em regra, os alunos se põem a sonhar que são os super-homens, e que não podem ser derrotados pela sua criatividade em burlar os métodos avaliativos; mas esquecem que o sonho não contempla a vida real. No dia em que acordarem, não terão engendrado nenhum recurso disponível que possa enganar os seus avaliadores. Só aí, verão que estão sendo avaliados pelo que são e não pelo que sonharam ser. Será nessa hora que suas faculdades serão testadas; a criptonita será lançada, e ficará apto aquele que nunca teve a ilusão do super-homem. Para fazer-se ser, basta olhar-se no espelho e dizer para a imagem refletida: "eu posso, eu quero"; só assim, garantir-se-á o locutor o estímulo necessário para se autorealizar.
Quando um aluno recebe o "feedback" de sua avaliação, terá na conta a qualidade do seu desempenho que, se negativa ou positiva, intenta desenvolver nele uma atitude de promover suas habilidades. A ideia é sempre potencializar e desafiar os limites de suas faculdades. Não se pode querer estagnar numa zona de conforto: "uso 10% da minha inteligência, e só isso me basta para viver". Essa ideia é aterrorizante, pois trabalha a involução psicológica do homem. E todos sabem que o homem foi programado para evoluir; nesse caso,o aluno também.
Todo professor entende os motivos que levam os alunos a fraudar sua própria psiquê: uns têm muito trabalho e mal reservam tempo para aproveitar as oito horas de sono recomendadas pelos médicos, por isso justificam a sua total falta de cooperação e obrigação às recomendações passadas pelo professor de estudar, não só dentro, como, também, fora da instituição de ensino; outros crêem que não há razão alguma para dedicar-se aos estudos, sendo o mais importante a aquisição de um certificado que lhes garantirá um acesso fácil ao mercado de trabalho. - Tal ingenuidade é tão forte que, se fosse essa a solução, por que não comprarem logo um certificado? Ficaria muito mais rentável, quanto ao tempo e dinheiro aplicados -. O aluno investe muito tempo no seu ensino: sai de casa, enfrenta intempéries, e faz de tudo para chegar à sua instituição. No começo, demonstrando certa ganância pelo aprendizado; depois, esquecendo o motivo de sua existência no espaço de ensino, e que o objetivo de sua presença é aprender a aprender, a todo o custo, mesmo que sacrificando algumas horas do sono, ou outras do trabalho, ou outras do lazer; e se refazer como indivíduo que se permite moldar pelos ditames do seu código genético: a evolução.
O professor pode descambar à ignorância quando vê o seu trabalho desmerecido, depois de todo o seu esforço aplicado há anos de comprometimento com a aquisição de conhecimento e de seu compartilhamento. Ele tenta de tudo para promover sempre o fomento e a qualidade dos seus ensinamentos, mas pode, por todos os estimulos negativos enviados pelos alunos, desenvolver um certo bloqueio, um travamento psicológico que o faz parar, simplesmente, de evoluir. Quando isso acontece, a teoria do dominó entra em ação e tudo o mais começa a perder a qualidade: o professor, o aluno, a instituição.
 
Sérgio Ventura.

1 de jun. de 2011

Poeta esquecida.

rosa_no_chaoSou poeta esquecida, pisoteada pelo amor; ignorada pela vida. Sou poeta esquecida: sem inspiração e anseio. Sou poeta esquecida e a parte negra da vida: socorrida pela tristeza e acompanhada pela solidão. Sou tudo sem significado; insignificante, sou toda. Sou poeta esquecida, jogada à maré alta de desilusões. Sou poeta esquecida, feliz com todos, mas vivo sem ninguém; meu amigo é a saudade e meu companheiro de estrada é a solidão. Sou poeta esquecida, porém feliz com a vida. Ando e não sou notada; nada devo a ninguém, e a mim ninguém jamais cobrará. Sou poeta esquecida pelo amor e inspirada pela dor; meus caminhos são limpos e por ninguém foram traçados; minha caminhada, sei onde vai dar; meus pés estão limpos porque nem poeira na minha estrada encontrei. Meu destino é Deus; meu objetivo, a felicidade. Sou poeta esquecida pela humanidade cruel, e por isso descanso nas graças de meu pai celestial. Esquecida, sou poeta.

Ana Maria Santana

8 de mai. de 2011

LOVE ME TENDER

Love Me Tender

Elvis Presley

Composição : Elvis Presley / Vera Matson

Love Me Tender Me Ame Com Ternura

Love me tender, Me ame com ternura,

Love me sweet, Me ame com doçura,

Never let me go. Nunca me deixe partir.

You have made my life complete, Você tornou minha vida completa,

And i love you so. E eu te amo tanto.

Love me tender, Me ame com ternura,

Love me true, Me ame de verdade.

All my dreams fulfilled. Todos os meus sonhos realizados,

For my darlin' i love you, Porque, meu amor, eu amo você,

And i always will. E eu sempre amarei

Love me tender, Me ame com ternura,

Love me long, Me ame por muito tempo,

Take me to your heart. Leve-me ao seu coração,

For it's there that i belong, Pois é lá que eu pertenço,

And we'll never part. E nós nunca nos separaremos.

Love me tender, Me ame com ternura,

Love me true, Me ame, de verdade

All my dreams fulfilled. todos os meus sonhos realizados,

For my darlin' i love you, porque meu amor eu amo vc

And i always will. e eu sempre amarei

Love me tender, Me ame com ternura,

Love me dear, Me ame querida ,

Tell me you are mine. Diga-me que você é minha.

I'll be yours through all the years, Eu serei seu durante todos os anos,

Till the end of time. Até o final dos tempos.

Love me tender, Me ame com ternura,

Love me true, Me ame de verdade,

All my dreams fulfilled. Todos os meus sonhos realizados.

For my darlin' i love you, Porque meu amor eu amo você,

And i always will. E eu sempre amarei.

 

 

 

Eternamente apaixonado!