Sendo vento, passamos rápido. Sendo mineral, nos tornamos rocha. Sejamos um e outro. Aquele lapidando, esse lapidado.
23 de out. de 2011
Minha ilusão conquistada
15 de out. de 2011
Amamo-nos?
- Se eu te amo? Que pergunta!… Claro que não!!!
- como assim, amor?!!! Como você não me ama?! Então por que estamos juntos todo esse tempo?!
- Dize-me tu isto.
- se o preferires!… és muito bom na cama, e não me faz mal o teu dinheiro.
- É verdade!... a propósito… se queres mesmo saber por que estamos juntos, eu digo-te… estou contigo porque me sais mais barata do que uma puta. Tenho-te sempre que quero e fazes tudo o que gosto. Pago-te uma mensalidade estúpida se comparada ao salário que pagaria a uma massagista, empregada doméstica integral, cozinheira e faxineira, modelo de plantão, contabilista, gerente e outras mais funções que possas imaginar. Com o que ganho, não poderia pagar tantos funcionários… faço-o a ti, e somente me permito estar porque me és viavelmente económica. Queres que continue?
- Não, meu amorzão, peço perdão por fazer as perguntas certas… às vezes esqueço-me que se é mais feliz acreditando na ilusão… a propósito, como estamos financeiramente?
- muito bem meu amor, a cotação da bolsa está favorável… triplicaremos nossos bens… isso deixa-te feliz?!
- Rsrsrs!
Sérgio Ventura.
7 de out. de 2011
Terra mia!
24 de jul. de 2011
Páginas em Branco
Páginas da minha vida. Uma a uma sendo folheadas. O que procuro, não sei ao certo. Mas as folheio. E entre frases discorridas, nada encontro. Nesse ato, começo a reviver cada oração lida, e estranho um meu ser aí tão bem exposto. Não! "Seria eu espelhado nesse mural tão contrário a mim?" Duvido… e continuo. Releio nessas páginas a conquista de sentidos extraordinários: prazer e felicidade frequentes; um mundo prezado; o mundo por que busco alcançar. E estranho nessas páginas esse mundo esquecido que eu já vivera. Outra vez, os traçados escritos correndo, folha a folha, e o meu sorriso desenvolvido. Mas… na página seguinte... Branco; outra... branco. Estranho. Ouras mil em branco e... só aí me reconheço... nas páginas em branco.
Sérgio Ventura
19 de jul. de 2011
Prosa de poesia!
E SE...
...e se eu morresse agora
o que dirias do verbo não dito?
o que faria com o verso escrito?
o que seria do nosso meu em ti?
o farias com o meu seu em si ?
diz agora, sem constrangimento...
antes que tarde seja!
antes e sem demora,
vem me abraça e me beija
aproveita o sabor desse vento!
que já te espero há horas...
De: Lena Ferreira
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Resposta ao poema “E Se…”
Ao verbo não dito
O melhor do meu silêncio
Ao verso tão bem escrito
Lendo-o, faço-o um vício
Do seu nosso dito
Em mim, o dobro de brio
O seu meu? nunca morto!
Penso-a com acerto
Dois amores em cheio
Um do outro, relicário
Buscando o beijo perfeito
Que ao levar-me ao leito
Preenche todo o vazio
Das recordações que crio.
De: Sérgio Ventura
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