5 de nov. de 2009

Mesmos Mesmos

Nesse momento as horas não mandam em mim. Estou cansado e com hora marcada para cumprir mais uma agenda estressante ao amanhecer. Por isso ignoro as horas e permaneço acordado pensando no vazio da minha vida e numa forma sábia de preenchê-la. Ouço música e percorro algumas páginas da web procurando informações, poemas, personalidades, coisas. Algo que me dê luz, significado, esperança. Mas nada. E as horas estão passando. O dia está chegando e a insônia mantendo sua palavra: “não te deixarei hoje”, “serás meu hóspede por obrigação”. Tento analisar se o dia anterior à madrugada de hoje me trouxera algum benefício, se me fez mais sábio, mais maduro, mais feliz. Nada. Ainda sinto o mesmo desprezo, o mesmo cansaço, a mesma melancolia, a mesma frustração, a mesma ignorância e uma pilha de outros mesmos e mesmas do meu cotidiano. Nada acontece e as horas correm e o dia se impõe como se nada fosse mudar. Já me sinto obrigado a dar uma escapada pela janela. Fugir da insônia. Ela é mais poderosa. A contragosto e por dominação necessária sou obrigado a cumprir mais um dos mesmos mesmos do cotidiano. Por vazio só me entendo mesmo na mesmice. Ah! Como está lindo o dia.

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