2 de mai. de 2011

Peace of My Soul.

Meus amigos. São tantos os que um dia plantaram com seus corações uma linda semente que, linda, vingou e, criando raízes, penetrou-se toda em meu ser. Cada tentáculo inspirou-me e elevou-me ao mais alto grau de satisfação. Dessa satisfação, extraio hoje minha dependência emocional. Penso relembrando cada espaço preenchido com sua beleza avassaladora, e esqueço que um dia já foi vácuo o meu coração.

Depois de anos, extraída sua proximidade, reclama o coração a influência de braços, mãos, dedos outros que me sentiam algures sempre. Voo e voto pró regresso às anteriores lembranças reclamadas à realidade. Querendo-vos à pele minha, sinto-vos em mim a intensidade de uma única alma: minha raiz, “peace of my soul”... meus amigos!

 

Sérgio Ventura

21 de mar. de 2011

A piada da vida!

piada da vidaEstou um pouco desmotivado ultimamente. Chego até a achar que o mundo planejou uma conspiração contra a minha humilde pessoa. Vejam só o que aconteceu nas últimas semanas: Lá eu a planejar, uma semana antes, o meu aniversário, juntando grana pras cervejas, convidando a família e os amigos, pensando em gastar a grana toda no meu primeiro aniversário com a mamãe, e sabendo que nos dias seguintes começaria a trabalhar auferindo um bom salário, tudo numa perspectiva saudável, nada poderia dar errado. Mas... é exatamente isso que vocês estão pensando: “tudo deu errado”. Comecemos pelo começo: a grana! Bateram no meu carro um dia antes do meu “niver”, e nessa cidade de loucos onde ninguém anda à pé, tive que usá-la toda! Portanto, já era!!! Sem grana, sem cervejas; sem cervejas, nem convidados amigos nem família; passei o meu dia de aniversário em casa, sozinho, com telefone desligado, as luzes apagadas, ao deleite da cama, totalmente desmoralizado. Mas a história não para por aí... lembram da lei de Murphy? Não essa, mas aquela que diz “Tudo que começa bem, acaba mal” e “Tudo que começa mal, acaba pior.” Lembram?! Acreditem, nem eu esperava; dia seguinte ao meu “feliz aniversário” estava satisfeito porque sabia que trabalharia logo e isso com certeza far-me-ia sentir mais animado, mais disposto, mais esquecido dos dois dias anteriores. Mas dois segundos depois àquela sensação, o telefone toca:

- Alô!?

- Alô, falo com o senhor Nunca Tem Sorte?

- Exatamente ele...

- Meu nome é Vou Te Ferrar, e estou ligando para informar que a sua participação na empresa Não Te Queremos decidiu abrir mão da sua candidatura, portanto, o senhor não está mais nos planos da empresa... agradecemos a sua compreensão e desejamos uma boa tarde!

- ???

E eu emudeço ao som do “pi pi pi” no primeiro segundo, e no segundo, entono melodiosamente em francês “vas te faire enculer!”. “Je mérite toutes les misères du monde”. Isso pra não sujar a língua portuguesa que tanto amo!

Como fiquei?!!! Simples... fui para a cama, fechei bem os olhos, talvez pra não desperdiçar uma só gota de lágrima, e fiquei pensando seriamente em como a vida é uma grande piada de mau gosto. Só aí lembrei que estava sonhando e, ansioso, precisava acordar para preparar uma baita festa com a família e com os amigos!

Sérgio Ventura

17 de mar. de 2011

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7 de mar. de 2011

Sonhar e nada mais!

sonhoGostaria de poder fugir para longe de mim mesma. Poder chegar a um mundo tão distante e, talvez, quem sabe, tão pequeno, que não caiba mais ninguém. Gostaria de poder seguir sonhando, pois sonhar… não custa nada! Sonhar apenas e nada mais! Que lindo é poder sonhar de olhos bem abertos!!! O que seria da vida sem sonhos de olhos bem abertos!? Sonhar é necessário para a alma, tanto quanto o alimento é para o corpo; posso viver algum tempo sem sonhos e também sem alimento; mas sempre serão necessários os dois: o sonho para que eu possa seguir em frente, e o alimento para sustentar o meu corpo e manter os meus sonhos. Não é lindo poder sonhar?! Sonhar não custa nada; sonhar e nada mais!!!...

Sueli Gomes

Cadê a voz do povo!?

 não sou apegado ao poderO Povo não tem voz na sociedade angolana. Nas ruas, embora ecoem às esquinas todas as mesmas reclamações, sobre tudo o que é básico e simples de resolver, mas falta em Angola, o povo angolano sente-se imobilizado por medo e coação. O povo tem muito temor do regime que, dizem os nossos pais, aconselha aos jovens a não fazerem parte da política. O mesmo aconselhado por Kadhafi, em discurso recente. A pressão do governo é tanta que, após hipotética ameaça de realização de uma manifestação pública e passiva, direito outorgado pela legislação, difundida boca-a-boca pela massa (já que até as mídias nacionais sofrem repressão), o povo não só não saiu às ruas como também não foi trabalhar. As ruas, comumente absorvidas pelos congestionamentos em todo horário diurno, revoltadas de gente apressada para ganhar o pão diário, estavam vazias. E esse panorama da cidade trouxe uma visão incomum e inesperada: Os sentimentos esvaziados do povo ou a sedimentação do vazio no povo. O povo sofre calado porque grita e não é ouvido. A quem reclamar? A quem pedir justiça? A quem implorar?!!! Não há um destinatário. Parece que “Deus tirou férias e colocou um homem para o substituir”; afinal, feitos à imagem e semelhança, o homem só esqueceu-se dos seus compromissos, e as preces dos necessitados tornou-se vã. Angola, “cadê” a voz do povo!?

Sérgio Ventura