24 de ago. de 2010

Quisera ter!

Quisera ter asas para poder voar longe, onde os infortúnios da vida não me pudessem alcançar; e ter, grosso modo, no céu, o paraíso prometido aos fieis de coração. Além do horizonte, em que eu pudesse cantar os hinos da liberdade, revivendo só as melhores lembranças. Abraçar os velhos bons amigos; relembrar as mais tenras sensações; desfrutar dos prazeres da alma: o gosto, a paixão, o amor pelas pessoas, pela natureza; pela vida. Quisera ter a vida contada num livro que estimulasse gerações e gerações, tal qual a frase de “Maximus”, “o que fazemos em vida ecoa na eternidade”, para que pudesse ser lembrado e assim reviver nos corações de cada leitor todas as incontáveis alegrias por que passaria. Quisera poder ter tudo o que não tive: um paraíso, os bons velhos amigos, as tenras sensações; uma biografia; um presente feliz.

13 de ago. de 2010

O Tempo que cega!

Cega-me o tempo os sentimentos que mais amo. Hoje, na distante escuridão, falta-me algo… tão importante. Mas... tão esquecido que ando, foge-me à memória esse objeto. Os meses foram-se; demoradamente fizeram-me a lavagem cerebral e, sem remorso, deram-me um sentimento de falta, indescritível, profundo, triste. "o que havia lá atrás, no passado", pergunto-me! "sinto vivamente que eu não era melancólico, pelo contrário, audaciosamente feliz; mas o que será que me fazia tão contente?!!!" Ah! esse tempo!, como é repugnante! Penso que viverei com essa ansiedade de conhecer e viver o segredo de uma felicidade de outrora, "quem sabe", vivida, aproveitada; hoje, negada; desconhecida!

20 de jul. de 2010

Igualdade de direitos.

As mulheres estão assumindo cada vez mais posições sociais que os homens. É de notar que, até há pouco tempo, as mulheres ficavam em casa cuidando da família. O seu trabalho era globalmente doméstico. O homem era o responsável pelo sustento da família. Todavia, a realidade inverteu-se: o homem não precisa mais trabalhar. A mulher o faz com muito mais qualidade e competência. Vê-se que a ideologia da igualdade de direitos entre homens e mulheres não só funcionou como inverteu os valores nas sociedades. Parabéns mulheres!!!

15 de jul. de 2010

Bom dia, Natureza!

Vejo as árvores enterradas em meu quintal, abanando suas verdes folhagens sob um sol infernal. Elas estão aí, passando-nos despercebidas, mas produzindo, nosso oxigênio, nosso ar: vento invisível, confortante, abençoado! Às árvores, às plantas, às sementes, o meu bom dia!

13 de jul. de 2010

O super-homem revelou-se. O que ele faria para mudar o rumo de uma sociedade decadente: Angola?

 

Um super-homem disfarçado de homem comum entre os habitantes da aclamada República de Angola ficou por muito tempo a observar o desempenho de uma sociedade que, como outras, conseguiu vencer, a duras penas, uma de muitas batalhas contra o colonialismo, espécie de escravidão moderna na época. É fato que essa batalha só foi vencida com o apoio do super-homem, mas foi uma grande exceção feita, pois o hóspede raramente se intromete nos assuntos humanos. Ele é um mero expectador e costuma ajudar os humanos apenas com a sua filosofia: "saber distinguir o bem e o mal é o caminho adequado para a resolução de todos os problemas sociais". Ele, sempre paciente e confiante de que os erros humanos sejam superados antes de qualquer catástrofe, ficou, todavia, por mais de 30 anos, esperando o super desenvolvimento dessa sociedade e, por sinal, sua residência: Angola. Mas o tempo e as expectativas não se fizeram cumprir e, grosso modo, o Super-homem frustrou-se e tomou medidas drásticas.

Os responsáveis pela libertação de Angola do sistema colonial, pré 75, tiveram 35 anos, após a independência, para reerguer seu país. Mas por culpa de uma lei filosófica e imperativa no mundo animal: "a lei da sobrevivência; a lei do mais forte", leia-se Darwin, o país, sedutor por princípio e néctar dos deuses, tornou-se um vício, assim como toda e qualquer droga inventada, para seus dirigentes. Todo vício torna o seu consumidor dependente, mais do que isso, egoísta. É justamente esse sentimento que tomou os corações da elite que dirigiu a conquista da primeira liberdade do país. "O vício corrompe os corações humanos; é preciso combatê-lo antes que os derrube". Esse foi o conselho dado pelo hóspede. Mas não o foi ouvido. Os grupos de poder tornaram-se cegos e travaram entre si grandes batalhas para serem os únicos detentores da grande droga; e como num jogo de xadrez, precisaram, para salvaguardar suas vidas, usar os peões como escudo. O super-homem sabe que uma droga em dose adequada torna-se um santo remédio e se essa droga fosse repartida de igual modo para todos os participantes na mesa de xadrez, a sociedade envolvida não teria motivos para competir; para guerrear. A droga não foi fracionada, destruiu a percepção humana e alvoroçou o coração do povo, o principal prejudicado nessa história. Daí em diante, a sociedade culminou em caos, irreversível.

O super-homem interveio; submeteu a lei da dualidade humana às suas leis e, com isso, derrubou um dos grupos com maior poder de concorrência e deixou que o outro grupo retomasse o antigo sonho de partilha, de liberdade, de uma sociedade harmônica e saudável. Embora fosse crível a ideologia e o sonho declarados ao super-homem pelo grupo responsável pela nova gerência, o grupo majoritário ignorou a força de um deus entre os homens e continuou errando em sua política social: essa elite começou a monopolizar todos os recursos da terra e a transformar a sociedade, por si só o povo, em sua ferramenta de produção, de enriquecimento, de transformação. O povo se tornou submetido, escravo. E como a história ensina: "os escravos nunca tiveram vida própria, vida boa, vida saudável, vida assegurada; vivem para os outros seres humanos iguais a si em forma e substância". Cansado de tanto sofrimento e sabendo-se, o super-homem, parte dessa sociedade, decidiu, a contragosto, tomar uma última decisão: eliminar pelas próprias mãos todos os responsáveis pela gerência inconsistente desse país, conforme o fez, outro deus, em Sodoma e Gomorra e com o grande dilúvio em várias épocas. Nada mais razoável eliminar e, ao contrário de outros deuses, deixaria incólume o povo explorado e sofrido e faria deles o amanhecer de um novo sonho de conquista.