28 de mai. de 2010

No século da pressa se come cru!

As jovens de hoje trazem em sua bagagem um perfil deveras contrastante com o do século passado. Já se sabe que a globalização acelerou bastante o processo de comunicação, – tanto é – , que vê-se o homem (incluindo-se a mulher também) como ser multifuncional, um faz-tudo em tempo real. Mas quando se trata de relacionamentos, o que deveria ser diferente, acaba, justamente, sincronizado e adequado à essa tendência “speed like World Wide Web”, rápida e de fácil localização na fonte dos desejos saciados como no “Google pesquisa” ou em qualquer esquina da cidade. Nos relacionamentos do século atual, XXI, acontece, sem pudor e/ou mesura do léxico, o seguinte desenlaçe nas mulheres, jovens e meninas, para o aumento da rede interpessoal, hoje producto do “homo sapiens carere”: As jovens acham que podem se envolver com qualquer bonitão que aparece às vistas e, devido a um superficialismo corrente, tendem a experimentar tudo de forma tão crua, rápida e passageira, como o ditado “quem tem pressa come cru” Elas não dão mais oportunidade à exploração do “ego” e do “tu”, pulam sem pudor do “oi tudo bem, quem é você?”, para o “oi, você é muito lindo, quero transar contigo… mostre-me do que você é capaz… o que você tem, delícia de gato…”. – Ah! Que moderno!!! Nessa pressa, acaba-se por não degustar; o paladar deixa de ser treinado, estimulado e, como consequência, azeda rápido e torna-se indigesta, a delícia de refeição. Quando se refere à informações cruas do “Google”, tem-se pautado que uma pesquisa acurada produz melhores resultados do que uma “colinha” do resultado da primeira página de pesquisa da “web”, por esse motivo, todas as meninas inclusas nesse perfil, acabam se tornando incapazes de manter um relacionamento adequado e duradouro.

Sentido da vida na morte consciente

Mata-me o remorso dos amores do passado que muita importância tiveram em minha curta vida. Hoje, defunto enterrado, remoo no passado as glórias vividas, o entusiasmo dos vícios da juventude, da fidelidade das paixões, do compromisso com o outro. Minha santa vida em seus santos dias que distorceu a realidade de muitas mentes e causou bastante turbulência que, mesmo neste momento, vibram, à sete palmos, o meu desprezível caixão. Realidade do mundo e dos indivíduos que ao redor davam o sentido majestoso do bem viver; agora, vazios e nulos, neste mundo das profundezas. Os amores trataram-me por amigo, amante, conselheiro; divino. E eu a eles como tudo o que de mais sagrado se pôde ter. Os vícios se confundem em malefícios, mas não o são com certeza, o leitor os perceberá induzidamente como virtudes dos erros e acertos. O tom natural da vida… “fazendo merda, aduba-se a vida”; dela, a vida, não sou mais, mas no terreno revolto e seco perduro nas minhas lembranças, constantes e desconfortáveis, de vida e morte, da natureza sã que a sandice transformou nas palavras medíocres de uma lembrança amiga “O sentido da vida é nascer, crescer e morrer”.

Sérgio Ventura

Ao meu amor, um período dedicado:

“Não se me esgotam as esperanças de te ter. tenho plena consciência dos meus actos e vale ressaltar que são-no, apenas, reflexo do teu comportamento. Fico muito feliz, e até mesmo supreso, pela tua súbita recuperação e renovação do sentimento de amor, por mim, hoje muito bem visível; gostaria de tê-lo sentido mais quando estavamos juntos. Não quero que faças nada contrário aos teus sentimentos, digo-te de antemão que, mesmo estando longe, continuo pensando muito em ti, e é justamente este desejo maluco que me move, e me alimenta, e me fortalece aqui, neste lado do continente. Fico tentando não perder foco e confesso-te ser até difícil diante de tantas atrações, mas permaneço incólume no sentimento, no coração, no planejamento de nossas vidas. O tempo, caótico em si, já explorado em outro texto, “é algo mágico, nos mostra o melhor de nós mesmos e nos permite transitar pelas melhores estações da vida. Raros momentos, os bons de verdade (…), ao lado da pessoa amada.” Assim é o nosso tempo, deu-nos muito de nós mesmos, explorou-nos as virtudes e os vícios do amor e recusa-se agora a perder o muito e o pouco que foi construído. Disse-me o coração, numa época passada, “Quero que o futuro seja o presente continuado. Para que esperar pelo que se apresenta pronto? Meu presente serias, de todas as manhãs, caso me ousasse o presente ter-te aos meus braços…” Mal sabia eu do que estava falando… mas “o destino tem dessas coisas”!... Por tudo o que ganhei, nada perdi. Do amor… tudo ou nada; tu, no meu coração! Te amo!!!”

Sérgio Ventura