13 de jun. de 2009

Quem és tu que desafias a minha consciência? Conheço-te há tanto tempo, é certo, que tenho te provido todas as 20feb07AsasDoDesejonecessidades. Por  que não paras um pouco e me deixas aproveitar o que tenho agora comigo? Quando me pedes algo,  te alimento, quando te alimento não te satisfazes. Já agora me vejo com tantos outros pedidos, de tantos que ficam na fila a espera para serem atendidos. Mas este! Não te posso cumprir. Não me faz necessário. Tudo bem! Sei que não precisa ser necessário, apenas intuitivo quando incontrolável. Vens de mansinho como quem não quer coisa alguma que já me repulsa a tua obrigação. Ah! Sim. Vens fazer-me bem. O bem que me queres fazer poderá fazer mal a outrem. Pois bem que entendo que tens obrigação para comigo, os outros que se danem. Mas eu tenho obrigações com o próximo e te atender vai desatender o próximo, nesse caso. É cruel, mas muitas vezes preciso descuidar um pouco de ti para não desequilibrar a minha balança. Sabes que fazes tão bem quanto mal a sociedade. Mas não vamos entrar nesses detalhes. Hoje me pedes que te faça feliz, hipoteticamente. Mas se te faço feliz faço infeliz a alguém. Se te ponho num lado, noutro tiro. Uma via de mão dupla. O que me dizes?!... Santa paciência. Peno que não te possa realizar, pois a tua concorrente já se adiantou. És um de muitos filhos. Tua mãe é parideira nata. Um a cada instante, dos mais diferentes tipos. Não dá. Quem és tu afinal? Como? Ah! Entendi. És aquele que necessita ser saciado, és o desejo. Santo desejo!

10 de jun. de 2009

Que mais falta?

rosa“Nós buscamos driblar o tempo em busca das nossas satisfações, mas o tempo passa e elas não são supridas!”.

Terna juventude! Bem ali ao lado olhando-me com olhos canibais. Lindo o nosso desejo que esvai as fraquezas de nossos valores tradicionais. Ah que vontade! Como te queria bem ali justinha ao lado deste corpo que tanto te ama. Ainda que por alguns momentos, poucos intensos momentos de paixão e alegria e felicidade e amor. A espera desses momentos é uma fraqueza humana que alimenta a impaciência com demais voracidade. Mas cumpram-se, com desvelo, as promessas nefastas de abdicação a castidade, até que se faça fruto comestível a promessa do sagrado matrimônio. Ah! Injúria desse amor, dessa tradição. Nego-te como a quem nega o pai. Não espero que o meu prazer tenha futuro, apenas presente. Viver a intensidade contínua, sempre presente. Quando acabar, se fará passado vivido e não futuro. Quero que o futuro seja o presente continuado. Pra que esperar pelo que se apresenta pronto? Meu presente, serias, de todas as manhãs caso me ousasse o presente ter-te aos meus braços. Mas ele não ousa. Tem ciúmes do que se pode construir com tanta paixão, tanto amor. Por isso, se intromete e cria obstáculos em maior ou menor grau. E mais empecilhos. A intenção é desvelar algum sentimento que atrase e amorteça o peso dos sentimentos atraídos. Mas ele é falho. Aquele amor é tão duro e belo quanto o diamante em nossos corações. A paciência será eterna enquanto jovem e realizada quando devorada.

25 de abr. de 2009

Eu e você.

Eu consigo ver em você tudo que é contrário fora de mim. Sem dúvidas, nossas características não se assemelham. Mas eu consigo transpor essas diferenças quando vejo através dos teus olhos as tuas infinitas qualidades por dentro. Talvez porque você seja muito similar a mim, não por fora, mas por dentro.

autoria

Yasming Pereira

9 de abr. de 2009

Trabalho Árduo

Cansaço. Árduo viver sem expectativas. Embora existam aos montes, se tornam vazias quando a vida as impede de acontecer. Não me faltam objetivos para conquistar meus sonhos, mas por que é tão difícil vivê-los? São anos e anos a ferro e fogo sobrevivendo aos males do cotidiano, enfrentando várias depressões: relacionamentos infortúnios, trabalhos ingratos, bolsos vazios, estudos descompensados, etc. Parece que a maré está contra tudo e nada que se faça pode Pará-la. Como viver assim?DSC03286
Uma solução: largar todos os sonhos. Sim, se nada os realiza, deduz-se que o que está errado não é a realidade, são os sonhos. Os meus sonhos. Mas é difícil, tamanha à distância percorrida e os investimentos aplicados durante todos esses anos. Não é medo de tentar de novo, pois tenho idade para viver ainda, pelo menos, quatro vidas diferentes, ou não. Afinal uma vida não custa uma bala de morango, algumas vezes R$ 10,00, mas a minha... já tem ultrapassado os (...). Não. Essa não é a solução, definitivamente. “Se nada der certo vire hippie”, esse o tema satírico dos anos 70, “Hippie não se preocupa com porra nenhuma” / “Só fuma maconha, e tudo é paz e amor” / “Não dá valor as coisas materiais” / “Não tem endereço certo” / “Não tem cobrador batendo na porta” / “tem que vender uns artesanatos”, [para ganhar o pão e a maconha do dia]. Não, essa não é a solução para mim. O dinheiro me interessa muito, satisfaz em muito minhas necessidades e permite o meu desenvolvimento humano, não dá para viver sem me preocupar com as “coisas” do mundo, pois ser humano implica à responsabilidade com a sobrevivência da espécie, manifestação voluntária e necessária. Preciso de um teto, pois em baixo da ponte o barulho dos trens, ônibus, carros, pessoas, brisa, chuva, etc., me incomodariam em excesso. Cobranças na porta? Não tem como evitar, é resultado da organização social do livre comercio / lei da oferta e procura / à base do escambo, que precede em muito a nossa geração. Maconha de vez em quando até é legal, mas reduz nossa percepção e retarda a psique. E VENDER ARTESANATOS? Não, essa vida não me pertence. Definitivamente não. Prefiro continuar adubando essa merda de vida e extrair dela seus frutos. E ainda que demore, a esperança será a única a morrer. Do cansaço do corpo, uma soneca. Do cansaço da alma, aqueles objetivos e sonhos, descanso só quando alcançá-los.

Sérgio Ventura

8 de abr. de 2009

Minha ilusão conquistada

Minha ilusão conquistada (em construção)

Percorri toda a minha vida achando que não encontraria alguém com quem pudesse compartilhar os meus segredos, as minhas emoções. Estava enganado, pois no dia em que menos esperava uma figura se apoderou dos meus sentidos. Não se comparava as figuras do meu cotidiano. Tinha algo diferente. Aqueles olhos... castanhos claros brilhando e reluzindo a esperança outrora perdida. Entrecruzados, os olhos repetiam movimentos descontínuos de dois seres procurando significados nas insignificâncias de suas vidas. Mágico. Foi o momento de enlace. A sede que alimentava os problemas de ambos sendo saciada pela correspondência inacreditável entre os dois seres. Eu... fiquei extasiado. Não havia experimentado tanta paixão, tanta intensidade nos jogos sinestésicos. O toque, o beijo, o grito. Sim, o grito à liberdade, à expurgação, à catarses, à conquista. Um encontro platônico entre dois que se uniram em prol de um sentimento: a paixão, o amor.